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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Range Rover Evoque investe sobre o asfalto


Os tempos são outros. Atualmente, um carro conceito chega praticamente inalterado em suas formas às ruas. Como bem ilustra o Range Rover Evoque, versão de produção do conceito LRX apresentado pela Land Rover no Salão de Detroit em janeiro de 2008. Com apresentação marcada para o Salão de Paris - o carro chegou a ser antecipado em uma festa no Palácio de Kensington, que comemorou os 40 anos da marca. O visual não perdeu o ar agressivo e compacto do LRX, que investe na esportividade incrementada pelas rodas posicionadas nas extremidades da carroceria - com pequenos balanços dianteiro e traseiro - e teto com queda pronunciada, o que o aproxima da linguagem dos cupês, em voga atualmente. Até os faróis e lanternas em LEDs com desenhos tridimensionais foram mantidos.

Segundo a Land Rover, o Evoque é o menor utilitário já feito na sua linha de utilitários de luxo, com 4,34 metros de comprimento, o que o deixa com 43,2 cm a menos que o Range Rover Sport, que também ultrapassa o caçula em altura, 17,8 cm maior. Ainda é um carro parrudo face os 3,35 metros do primeiro Land, o Série I, antecessor do Defender lançado em 1948. O peso de 1.625 kg também é um ponto destacado. Parece muito, mas é quase 150 kg mais leve que um Freelander 2 3.2.

O peso mais baixo é explicado pelo uso de materiais leves como alumínio no capô e teto (o que também baixa o centro de gravidade), plástico nos para-lamas dianteiros e tampa do porta-malas, e partes da suspensão em alumínio.

Esportividade no asfalto

De início, a marca só divulgou uma motorização, que investe na tendência do downsizing (que prega motores menores e mais eficientes): um novo quatro cilindros 2.0 com injeção direta, duplo comando variável de válvulas e turbocompressor, capaz de gerar 243 cv, 10 cv a mais que o 3.2 seis cilindros em linha de origem Ford - a marca norte-americana vendeu a Land Rover e a Jaguar para a indiana Tata -, com a vantagem de ser 40 kg mais leve. O propulsor faz tabela com um câmbio automático de seis marchas. A tração é integral permanente e conta com o sistema Terrain Response, que adapta a tração de acordo com as condições do piso, mas uma versão com tração nas duas rodas já foi anunciada e chegará ao mercado também no ano que vem, tal como um futuro híbrido. Um Land Rover com tração que não seja integral parece um sacrilégio para os puristas, mas pode conquistar um novo público para o qual esse Rangie se destina. De qualquer forma, o Freelander 2 já conta com a opção de tração dianteira na Europa.

Além do motor menor, a porção verde do carro é ressaltada pelos pneus de baixo atrito, pela direção elétrica (que também ajuda a diminuir o consumo), pela aerodinâmica mais refinada, com menor área frontal e pelos freios regenerativos, que guardam parte da energia gerada em desacelerações.

Mas nem tudo é ecologia. A esportividade é garantida pela suspensão independente nas quatro rodas gerida pelo sistema MagneRide, em que o fluído metalizado dos amortecedores é manipulado magneticamente, o que pode enrijecer o amortecimento em frações de segundo. É coisa de carros esportivos do calibre do Chevrolet Corvette, Audi TT e Ferrari GTO. As rodas são aro 19 de série, mas podem dar lugar a um vistoso jogo aro 20.


Inspiração felina

O interior manteve o esquema 2+2, o que o aproxima de um cupê. O espaço para as cabeças foi beneficiado, de acordo com a marca, pelo posicionamento baixo das poltronas individuais. Mas a inspiração principal foi a "prima" Jaguar, que cedeu além do excelente acabamento, que exsuda sofisticação com superfícies recobertas em couro pespontado, a manopla do câmbio rotativa, que fica escondida no console, tal como é no médio-grande XF. Uma bossa que colabora para o ar "high tech", que inclui uma tela de oito polegadas sensível ao toque no painel e outro ecrã de 5 polegadas no quadro de instrumentos. O luxo compreende ainda ar-condicionado digital duas zonas, teto solar panorâmico em vidro, telas de oito polegadas (opcionais) para os passageiros traseiros, tampa do porta-malas elétrica, faróis adaptativos, cinco câmeras digitais que dão uma visão desimpedida do que ocorre lá fora, entre outros. Afora todo o aparato de segurança que inclui seis airbags, ABS com controle de frenagem de emergência e em curvas e controles de tração e de estabilidade. Requintes de um modelo feito para exportação (80% será destinada para mercados estrangeiros), que será vendido em 160 países, a partir da metade de 2011. E que não tardará a desembarcar no Brasil.

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